Na infância a actividade lúdica é imprescindível, é por seu intermédio que a criança melhor se desenvolve, se dá a conhecer aos outros, desta forma comunicará com maior facilidade e se apercebe do mundo que a rodeia. Mundo este, onde ela forçosamente terá que se integrar e interagir.
Segundo Filliozat (2000) no período de latência, sensivelmente entre os seis e os dez anos, a criança está psicologicamente preparada para fazer importantes aprendizagens através da actividade lúdica, com vivências em grupo, tendo por isso que obedecer a regras do jogo social.
Quando uma criança desenha está a expressar-se, está de certo modo, a comunicar, os traços desenhados assinalam a sua maneira de ser, de agir e de pensar. São no sentido próprio e no sentido figurado a assinatura da sua existência. Os signos utilizados no desenho nascem de uma viagem interior que se encontra no seio da consciência individual de numerosas experiências, que ajudam na construção do conhecimento. A aprendizagem do desenho é ao mesmo tempo, uma aprendizagem motora, um exercício do gesto. Foi através da elaboração de desenhos e textos que as crianças transmitiram aquilo que sentiram no decorrer dos jogos, uma vez que esta é a melhor maneira que as crianças têm de transmitir aquilo que sentem e vivem.
